Passarella: Curtindo a Curtimenta

Nota Prévia: Será que meio mundo que anda por aqui tem a noção do que tem pela frente? Fica a minha dúvida.
É o paradigma da inconsensualidade (inventei), feito ao arrepio de qualquer costume actual e bem distante de todas as ideias pré-feitas que possamos ter. Atrevo-me a dizer que este vinho vai para além do que podemos pensar e ainda bem que assim é.


Aqui não se procuram equilíbrios, antes as imperfeições, as arestas. Por isso, vai ser amado por uns e odiado por outros. Criado, portanto, para fomentar reacções,  celeuma. Divisões. Não ser, apenas, mais um. Por isso, pensem duas vezes.


O que importa para o caso, é que estamos perante um vinho com uma personalidade bem vincada, roçando o indelicado. Com uma palete de cheiros e sabores impossíveis de serem enquadrados naqueles normativos que a malta tanto gosta de usar incessantemente e que estão cheios de lugares comuns. Quem tiver essa veleidade, estará a fazer algo sem sentido. Ele, o vinho, não merece que seja tratado desse modo. A sua dimensão é demasiado grande. Ao fim ao cabo, um grande vinho branco e isso é que importa para o caso.

Comentários

Paulo Vaz disse…
Desequilibrado? Imperfeito? Indelicado? Não estamos a falar do mesmo vinho!!!
Que não está ao alcance de qualquer um é verdade, mas de resto um vinho delicado, equilibrado e quase perfeito!
Pingas no Copo disse…
Estamos a falar do mesmo vinho. Não é um vinho bonito, ainda bem. Não é um vinho perfeito, tem arestas, e ainda bem. Delicado? Não me parece. Temos aqui um grande vinho pela forma diferente como feito feito, pela forma como foi pensado. Agora delicado? Não, de todo :) Mas nisto das opiniões, cada um temos a nossa ;) O que importa é que é um grande vinho por ter saído do caminho do bonito, do habitual, do normal.