A (des)Ilusão

A ilusão é uma confusão dos sentidos que provoca uma distorção da percepção. A ilusão pode ser causada por razões naturais ou artificiais. Uma vez que a percepção é baseada na interpretação dos sentidos, as pessoas podem experimentar ilusões de formas diferentes.
As ilusões são como as sombras chinesas, em que julgamos ver, se o marionetista for um tipo habilidoso, as figuras a dançar, a rir, a sorrir para nós, só para nós. E a vida está cheia de ilusões, de percepções erradas que a determinada altura, durante muito tempo, julgamos ser as certas. Presos às nossas convicções, tal prisioneiro da caverna, vamos vendo o que julgamos parecer certo ou errado. 


A trama aumenta quando vemos que o que era não era, de facto. Que tudo não passava de uma ilusão, de uma visão distorcida do que pensávamos ser. A realidade, seja ela qual for, está cheia de insidiosos interesses, de acordos contranatura, de estranhos conluios, de subserviências, em que o ser humano se vende ou se compra por um meio soldo. Percebe-se que o privado é o espaço da presumível pureza, do peito aberto, ou se calhar do engodo para os incautos. Em público, com o receio de ser apontado, finge-se, ou não, que a coisa é completamente diferente. Perante esta dualidade, crê-se que o que acontece em público é o verdadeiro, despido de qualquer romantismo, de qualquer ilusão. E maldito seja o vinho que nos solta a língua em demasia e nos ilude com tanta coisa.

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