Alvarinho by João Portugal Ramos

Que (me) perdoem os puristas da casta. Que (me) desculpem aqueles que olham de soslaio para quem tenta fazer vinho por todo o lado. É sinal de não querer saber de tricas e baldricas e que pouco, ou nada, ligam para o que se diz. Vão, fazem e pronto. É assim mesmo. Reconhecem que o mundo é grande, olham para ele com vistas bem largas. E não querem saber de condicionalismos regionais. Costuma-se dizer: que estão-se a borrifar. Fazem bem.


E por isso tudo, e mais alguma coisa qualquer, começo também a não ligar ao que se diz por aí, ao que se regurgita descontroladamente


Mas adiante que o povo está impaciente. Quer saber qualquer coisa sobre o vinho, sobre o que esta alma (perdida) acha sobre ele. Se sim ou sopas.


Então para os interessados, para aqueles (e são muitos) que adoram saber o que achei, devo dizer que apreciei, que desfrutei, que gostei, que (me) soube bem, pela delicadeza do vinho, pela suavidade, pela sua elegância. Que bebi o vinho sem ficar maçado, sem ficar irritado, sem encostar, para o lado, o copo. E sem voltar a rolhar, de novo, a garrafa. Simplesmente bebi-o.

Post Scriptum: O Vinho foi oferecido pelo Produtor.

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