Quanta Terra

Quanta Terra, um tinto que consegue conciliar, de forma coerente, diversas nuances: o vegetal, a fruta austera, mas escorreita, a terra e a madeira. Um Douro que, ao fim ao cabo, surge-nos domado e elegante. Agrada-me a forma como se apresenta. E (re)conciliei-me com ele. Pazes feitas.

O outro tinto, Terra a Terra, um Reserva de 2008, revela-se mais dócil, mais urbano, bem mais jovem. Usando terminologia juvenil, diria que está porreiro. É a consensualidade escarrapachada numa garrafa. Tá-se bem!

O branco, Terra a Terra, na versão Reserva 2010, e na linha do seu parceiro tinto, mostra-se apelativo e pisca os olhos a diversos estilos de consumidores. É abrangente. Está bem e sabe bem.
Não tem a complexidade de outros vinhos, feitos com as mãos de Celso Pereira e Companhia, mas recomenda-se sem qualquer problema.

Post Scriptum: Os vinhos, em causa, foram oferecidos pelo Produtor.

Comentários

J Pires/C Soares disse…
Parece-me que o perfil dos vinhos do Celso (& companhia, o Pedro e o Jorge Alves) tem modificado um pouco. Gostei muito dos primeiros Terra a Terra Tinto, sempre fui amante do Vértice tinto (e como não dos espumantes)mas nunca apreciei mto o Quanta Terra, que considerei sempre pouco elegante. O certo é que as últimas vezes que o provei Quanta Terra já foi mais do meu agrado, está efectivamente mais domado, elegante. Aliás, o João Pires (meu colega de blog) considerou-o o melhor do último Encontro com o Vinho!
Anónimo disse…
Tive oportunidade de provar os vinhos em causa em Fevereiro passado. Gostei do Branco, os tintos fiquei na altura com a sensação que precisavam de mais tempo… mas isto foi em Fevereiro…
IL