Porquê?

No meio de tantos monólogos em que participo, dou conta que tenho vindo a perder aquela incessante vontade de procurar sensações, fomentar comparações mais ou menos estranhas, quase sempre sem sentido e quantas vezes tolhidas de realidade. Mas é/era tão bom quebrar com os grilhões do convencionalismo.

Quando vasculho e remexo no baú, tal adulto em busca de memórias da criança, a face, a minha, exibe um sorriso meio acanhado. O que a ingenuidade fez e faz. Ao coberto do desconhecimento de causa, o mundo dava a ideia que podia ser conquistado por mim. Por que não se pode voltar atrás? Ser simplesmente uma criança.

Comentários

PA disse…
Gostando ou não gostando da sua opinião, eu geralmente não gosto, admiro a forma como vai mostrando o que pensa.
Transparente disse…
Rui, saudades da ingenuidade. De quando faziamos coisas que nos sabiam bem sem pensar em mais nada. Quando um copo de um bom vinho era isso, um copo de um bom vinho. Quando era isso que nos dava prazer, mais nada.

Abraço
Pingus Vinicus disse…
É verdade Miguel, mas com o gradual e "maior" conhecimento do meio, perde-se um pouco do romantismo, da ideia de mundo cheio de roas. Acaba-se por ficar mais racional, menos emotivo.