Niepoort Secundum (Porto) Vintage 2001


Já o disse mais que uma vez: Os Portos e os outros generosos (como o vinho da Madeira) são ainda uma lacuna na minha aprendizagem como enófilo. Ultimamente tenho feito um esforço enorme (quase dacroniano) para provar mais. Aqui, tal como noutros em assuntos, o meu conhecimento é, em alguns casos, literário. o é mau de todo.
Os primeiros cheiros que entraram no nariz indicaram uma enorme preponderância para as violetas, com uma breve passagem pelo mato (húmido). A sensação flutuava por entre cores roxas e azuis e meio verdes. A fruta, madura e envolvente, insistia nessas cores. Mirtilos, amoras e cerejas (daquelas escuras). Ameixas, geleia e marmelo. Coloquei o copo de lado durante algum tempo. Tinha que descobrir, ou inventar mais cheiros ou aromas (como queiram). Com essa necessidade, dou comigo de volta do caramelo, por cima da canela. Mudam as cores. Passam a ser mais acastanhadas. Uma miscelânea de chocolate espesso, ideal para barrar um bolo, pão de ló seco, figos secos e amêndoas pareceria dar o mote final. Complexo.

Na boca estava muito guloso, curiosamente bem redondo e com a acidez a proporcionar uma excelente frescura. Muita potência mastigável neste Segundo da Niepoort.
Para um Vintage que poderá estar atravessar a fase de clausura, o prazer e satisfação foram (muito) grandes. Nota Pessoal: 17,5

Acompanhou queijos, um bolo de chocolate e no final acalmou a alma. Fui dormir.

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