Portas de Melgaço: Alvarinho com Trajadura


Um rasgo. Fala-se que determinados vinhos devem ser bebidos consoante as condições meteorológicas. Tintos e brancos com madeira no Outono e no Inverno. O resto passa para a época mais quente. Para contrariar esta premissa, tenho andado nestes últimos dias a beber brancos de cariz mais ligeiro. Não ando com muita cabeça para olhar para os tintos. Parto do princípio que tenho de pegar na caneta e arranjar um pedaço de folha. Provavelmente serão preconceitos.


Meloa embebida em lima e ananás em calda, com umas tiras de manga, tornam este vinho Verde de 2006 num instrumento de relaxamento. Laranja e tangerina bem orvalhadas davam-lhe um toque curioso, algo primaveril. Uma pequena sensação mineral encerrava a apresentação dos aromas.
Paladar com timbre exótico, bem amparado pela acidez. Bebe-se e cumpre (para mim) a sua função. Combinou com massas e umas lascas de salmão marinado em ervas (o que vocês quiserem). Nota Pessoal: 14

Post Scriptum: Os pássaros já andam por todo o lado. No outro dia, a minha miúda trouxe-se para casa um ramo curioso. Papoilas, alfazema, malmequeres e azedas. Lembram-se das azedas?

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