Zimbro do Douro

A curiosidade pelo vinho (tinto de 2005) tinha já surgido algum tempo, espicaçada pela classificação que obteve na Revista de Vinhos. Olhava para ele nas diversas vezes que passava pela secção dos vinhos. O preço parecia algo despropositado (quase 9€). Acabava por forçar a mão a escolher outras opções.
Mas num ataque de consumismo puro, acabei por trazer uma garrafa para executar o meu contraditório, para sentir se o preço pedido tinha ou não correspondência à qualidade enfiada na garrafa.

Pressentiam-se aromas a coco (invenção minha?). Um rasgo a leite com chocolate (pouco carregado) marcou a espinha dorsal e que se manteve durante muito tempo. Amoras pareciam rechear uma curiosa sensação a bolo de iogurte (acabado de sair do forno), marcando o resto dos cheiros que saltavam do copo para fora. Uma leveza agradável.
O paladar era razoavelmente fresco, com um nível de vivacidade interessante. Sentiam-se curiosos toques apimentados, meio picantes. Sempre acompanhados pelo tal leite com chocolate.
Apesar de ter estado perante um vinho aprumado, com um manancial de aromas e sabores apelativos e sem arestas, não mostrou o suficiente para arregalar os (meus) olhos. Depois o preço, pedido por ele, não tem justificação. Engrossa, apenas, o enorme conjunto de vinhos indiferenciados que todos conhecemos. De qualquer maneira, a curiosidade foi morta. Nota Pessoal: 14

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