Outra vez com a Companhia

Não levem a mal, mas ainda são resíduos da semana, dos imbróglios. O tempo disponível dava apenas para molhar a beiça com pingas ligeiras. Com poucas histórias para contar. Serviam para acompanhar o meu almoço, o jantar. Entre elas, escolhi uma que merece ser falada. Parece-me justo que ocupe umas linhas com uns quantos comentários sobre ela. Merece que seja diferenciada.
Companhia das Lezírias 2003. Um tinto alegre, jovial, bastante fresco. Usando a memória, os cheiros que saíram da garrafa mostraram que havia acerto entre a fruta (apostaria na cor vermelha), um pequeno punhado de alecrim (ou outra erva aromática) e alguns laivos de mentol. Bem arejado, com desejada vivacidade. Não caiu na facilidade e na fatalidade de oferecer apenas fruta madura. Notei o esforço que imprimia para ser diferente, para não cair na inocuidade. Coisa difícil nesta gama de preços. Por breves momentos, talvez por influência do contra-rótulo, julguei sentir um pouco de pimentão e umas quantas aparas. Nada de incomodativo. Pelo contrário. No timbre adequado.
Os sabores impunham na boca, mais uma vez, um registo limpo, sadio, alegre e fresco. Dei conta de uma ponta de chocolate, uma nota de baunilha.
Provem. No mínimo, saem das fatídicas escolhas: Douro ou Alentejo. Nota Pessoal: 14,5

Post Sriptum: Alguém chegou a provar, um dia, um Companhia das Lezírias branco Reserva de 2002 (com estágio em madeira) que custava menos de 3€? Impressionante o preço e a qualidade que demonstrava.

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