Syrah da Dona Ermelinda

Não aguentei e abri ao almoço, de sábado (hoje mesmo), o Syrah 2004 da Casa Ermelinda Freitas. Estão assim provados os três novos varietais desta produtora sadina. Parece que ainda vão aparecer mais surpresas. Como um espumante e um moscatel, mais acessível que o Moscatel Superior Dona Ermelinda 2000. Aliás este último, revelou-se para mim, uma desilusão.
Não irei tecer grandes considerações sobre o syrah. Bebi-o em conjunto com o meu pai e o meu sogro, em ambiente familiar e descontraido. Acompanhou uma poejada de bacalhau, feita pela patroa. É capaz de não ter sido a melhor combinação. Foi o que me apeteceu abrir.
De qualquer modo, gostaria de partilhar com todos vós pequenas impressões sobre este vinho.
Aromaticamente, andou sempre perto dos frutos silvestres, com algum balsâmico refrescante, terra húmida. A baunilha mostrou-se num registo suave. Pareceu-me que tinha um comportamento muito mais afinadinho, mais light que o Alicante. Menos rústico, mais calmo. Talvez mais consensual.
Na boca, fino, mas não delgado. Taninos e acidez num registo ao agrado de todos. Final levemente especiado e vegetal.
Parece-me que não é para grandes guardas. Deu-me a ideia que é para beber enquanto . Acima de tudo, um vinho que irá contentar muitos consumidores. E nós agradecemos.
No entanto, um pouco mais de personalidade e de firmeza era capaz de ajudar o vinho a voar um pouco mais alto. Nota Pessoal: 15
Post Scriptum:
Não me perguntem pelos preços que sinceramente não sei. Oferta de uma colega, que sabe que eu tenho a pancada dos vinhos e me julgo um Robert Parker.

Comentários

João Barbosa disse…
Esta casa Ermelinda Freitas anda irrequieta. Ainda bem!
Anónimo disse…
E são vinhas novas. Quando tiverem em força, vão sair desta casa uns varietais maravilhosos.